Depois de vários anos fazendo Rabecas, Violas Caipira, Adufes e uma infinidade de instrumentos populares, finalmente o registro do que Valmir Roza aprendeu nessa jornada. Na gravação, Valmir Roza e Bob Mendez tocam instrumentos originais da cultura tradicional paulista construídos por Valmir Roza.
Rabecas & Violas
O CD Rabecas & Violas em detalhes
Rastapé
Música Rastapé
Autoria Bob Mendez
Viola de cravelha Valmir Roza
Rabeca Bob Mendez
Percussão Valmir Roza
Música do disco Rabecas & Violas
Disco gravado por Valmir Roza e Bob Mendez.
Todos os instrumentos usados nas gravações foram feitos por Valmir Roza, construídos com madeira e outros materiais de reaproveitamento.
O repertório mostra músicas de autoria de Valmir e de Bob em ritmos tradicionais da música Paulista como Rastapé, Cururú, Toada, Fandango, Folía e até uma Querumana.
Nesse disco são tocados vários tipos de rabecas e algumas violas, sendo três violas caipiras e uma viola de fandango todas elas de cravelhas, portanto, não foi utilizado nenhum instrumento de tarraxas.
A gravação das músicas aconteceu nos estúdios Cris Rodrigues, tendo como coordenador técnico o próprio Cris Rodrigues e o técnico de som Nelsinho Gritzapis e com a participação especial de nosso amigo Jaime Lira, tocando viola de cravelha em uma das faixas.
O disco vem com um encarte de 24 páginas e uma capa tripla, com vasto material entre textos e fotos.
Um disco verdadeiro, sem correções ou efeitos especiais, os timbres são o que são.
Viagem ao Norte Argentino " La Quebrada "
Pra divulgar o disco Rabecas & Violas, fiz uma viagem de bicicleta, por várias cidades do Norte Argentino,na região mais conhecida como " La Quebrada ".Essa região não foi escolhida por acaso.
Fazendo limite com o Chile e a Bolívia essa região abriga comunidades aborígenes e povos originários.
Os povoados que se espalham pela " Quebrada ",guardam segredos e mistérios ancestrais.
Cidades que mantem o modo de vida ,as danças, a comida e a música de tradição milenar,e abriga inúmeros artistas , músicos artesãos e cantoras que trazem no sangue, o amor pela cultura autentica. É com essa gente que eu me sinto bem. . Foi uma viagem proveitosa, onde revi alguns lugares , conhecí outros novos, e me divertí também.. Conhecí e conversei com muita gente, e toquei muita rabeca. Isso sem contar alguns tipos de rabeca , que conhecí também tradicionais da região do Chaco Argentino, mas isso é estória pra outro dia.
Região de Salta e Jujuy, a caminho de " La Quebrada "
Escadarias históricas de Humahuaca
Radio Salta, programa " La Tarde Con Amigos "
Meus amigos Léo , Pollyto e Kuki
Musicos da Bolívia que estão promovendo o maior festival
de música barroca das americas
Em Tilcara com Micaela Chauque, um mito da Queña
e dos instrumentos tradicionais
Em Humahuaca com Tupaq e Maryta de Humahuaca
Maryta é uma artista reconhecida que conhece e canta a sua cultura e sua gente
Tupaq, é um amor de menino que caminha sonhando pelas velhas ruas de pedra.
No final de tudo, a bicicleta, a barraca e as ferramentas foram doadas a uma escola primaria em Chorrillos, uma área rural a 10 Km de Humahuaca.
A caminho da escola de Churrillos, fui atacado por um cachorro na beira da estrada
Acho que eles não conseguem pegar os motoqueiros e se vingam nos ciclistas
Conseguiu me pegar mesmo por cima da calça, mas já está tudo bem.
Acho que eles não conseguem pegar os motoqueiros e se vingam nos ciclistas
Conseguiu me pegar mesmo por cima da calça, mas já está tudo bem.
Lançamento do Cd "Rabecas & Violas" na Livraria da Vila
Dia 17 de janeiro fizemos o lançamento do CD Rabecas & Violas na Livraria da Vila, com a presença de muitos amigos, no ambiente íntimo e acolhedor que a Livraria da Vila oferece.
Enquanto mostrávamos o repertório do disco, batíamos um papo com os convidados e esclarecíamos dúvidas a respeito dos instrumentos e ritmos Paulistas.
Tocamos violas de cravelhas, rabeca medieval, rabeca de cabaça, viola de Fandango e vários outros modelos de rabecas. Até cantei uma moda de viola e fiz alguns versinhos pra exemplificar o canto caipira.
A musica foi rolando, o tempo foi passando e quando dei por mim, já tínhamos estourado o tempo do show em muitos minutos. Espero que o pessoal da Livraria da Vila não fique brabo.
Quero agradecer a todos que estiveram presentes nesse evento e agradecer ao pessoal da Livraria da Vila, sem o qual nada disso seria possível.
Um abraço a todos e até a próxima.
Apresentação no Rancho Cultural, bairro Cidade Patriarca
Dia 16 de janeiro, eu, minha companheira Sandra Abrano juntamente com meu parceiro Bob Mendez, fomos ao encontro de velhos amigos na zona leste de S. P.
Depois de passear pela Radial Leste, por pouco mais de uma hora, no horaário do rush, finalmente chegamos a um simpático salão, mantido há cerca de 5 anos por meu amigo Orlando Leitão.
Na porta do salão já conversavam animadamente alguns senhores que descansavam da recém terminada aula de viola-caipira. Com a ajuda dos "alunos", fomos descarregando o carro e montando o palco com as várias violas de cravelha, rabecas, violas de fandango e outros instrumentos.
O povo foi chegando, conversando e finalmente o pequeno salão se encheu de violeiros, e tocadores prontos pra ouvir e conversar sobre os instrumentos que lhes eram apresentados.
Tocamos o repertório do disco, conversamos um pouco, respondemos a algumas perguntas e, finalmente, todos foram pro palco pegar, tocar e conhecer os instrumentos de perto.
Faz tempo que eu não me reunia com tantos violeiros, e mais tempo ainda encontrava um grupo tão interessado e unido.
Gostei muito do Rancho Cultural e dos seus participantes. Já era amigo do Orlando, mas não sabia que seu trabalho era tão bacana.
Ontem eu conheci uma turma e uma casa onde a viola caipira é tratada de maneira espontânea e original. E, com certeza, um dos lugares onde eu me sentí mais à vontade. O Orlando e a sua turma estão de parabéns.
Agora, eu aguardo ansioso o convite pra festa que eles realizam a cada 2 meses, pra todo mundo se reunir, tocar e cantar a vontade.
Depois de passear pela Radial Leste, por pouco mais de uma hora, no horaário do rush, finalmente chegamos a um simpático salão, mantido há cerca de 5 anos por meu amigo Orlando Leitão.
Na porta do salão já conversavam animadamente alguns senhores que descansavam da recém terminada aula de viola-caipira. Com a ajuda dos "alunos", fomos descarregando o carro e montando o palco com as várias violas de cravelha, rabecas, violas de fandango e outros instrumentos.
O povo foi chegando, conversando e finalmente o pequeno salão se encheu de violeiros, e tocadores prontos pra ouvir e conversar sobre os instrumentos que lhes eram apresentados.
Tocamos o repertório do disco, conversamos um pouco, respondemos a algumas perguntas e, finalmente, todos foram pro palco pegar, tocar e conhecer os instrumentos de perto.
Faz tempo que eu não me reunia com tantos violeiros, e mais tempo ainda encontrava um grupo tão interessado e unido.
Gostei muito do Rancho Cultural e dos seus participantes. Já era amigo do Orlando, mas não sabia que seu trabalho era tão bacana.
Ontem eu conheci uma turma e uma casa onde a viola caipira é tratada de maneira espontânea e original. E, com certeza, um dos lugares onde eu me sentí mais à vontade. O Orlando e a sua turma estão de parabéns.
Agora, eu aguardo ansioso o convite pra festa que eles realizam a cada 2 meses, pra todo mundo se reunir, tocar e cantar a vontade.
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Revista Música Brasileira comenta o CD RABECAS & VIOLAS em artigo de Daniel Brazil
Para ler diretamente no link da revista:
http://www.revistamusicabrasileira.com.br/especial/rabecas-e-violas
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Você conhece a sonoridade original dos primeiros instrumentos feitos no Brasil? Imagina que tipo de música animava as festas de agricultores e pescadores de São Paulo nos séculos XIX, XVIII, XVII? Uma boa pista pode ser encontrada no essencial CD Rabecas & Violas, realizado pelo artesão e músico Valmir Roza em parceria com o rabequeiro Bob Mendez.
Valmir constrói instrumentos. Mais que isso: é um profundo conhecedor da música caipira paulista. Viaja, pesquisa, anota, desenha, fotografa, grava. Junto com Sandra Abrano, ceramista e também pesquisadora, montou uma oficina de construção de instrumentos musicais que é referência do gênero em São Paulo. Sua casa no Butantã virou ponto de encontro de violeiros e rabequeiros de todo canto do país.
Depois de anos construindo instrumentos (ele não se considera um luthier, e destaca que as técnicas de construção artesanais são bem distintas), Valmir Roza decidiu produzir um disco registrando suas próprias composições (Rabecas & Violas, 2013). O CD, que teve apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, inclui um belo encarte com fotos e descrições dos instrumentos utilizados. Valmir convidou para o trabalho o rabequeiro Bob Mendez, também compositor, cuja afinidade estética com o projeto é total. Ambos passeiam à vontade por fandangos, cururus, toadas, rastapés, ponteados, valsas e batuques de inequívoco sabor popular. Todos os instrumentos, incluindo os de percussão, foram construídos por Valmir Roza com materiais descartados nas ruas de São Paulo: madeiras, arame, tampinhas de garrafas, cordas, cabaças, latas. Os instrumentos de cerâmica (apitos, sinos, potes) são de Sandra Abrano.
Em seu mergulho nas origens da música popular, Valmir foi longe. Em viagem pela Europa, visitou museus e escolas, e observou com atenção os instrumentos medievais de deram origem às versões brasileiras: vihuela, rebab, rabel espanhol, rabeca mourisca. Construiu alguns, observando as semelhanças e diferenças. Nas últimas faixas do CD podemos ouvir estas recriações, que acrescentam novos timbres ao conjunto.
Rabecas & Violas é um precioso documento para estudiosos, pesquisadores, músicos ou simplesmente amantes da música instrumental brasileira. Vibra em cada acorde a tradição de um Brasil profundo, ancestral, cuja presença é muitas vezes sufocada pela urgência da modernidade. Mas está aí, presente em comunidades populares, em folias de Reis, em festas e bailes do litoral sul de São Paulo, nos terreiros e roças mineiras, goianas, mato-grossenses, fluminenses...
Contato e pedidos do CD podem ser feitos através do sítiowww.barroecordas.com.br, onde você também pode conhecer os instrumentos feitos por Valmir Roza e até marcar uma visita à oficina. Experimente!
http://www.revistamusicabrasileira.com.br/especial/rabecas-e-violas
Especial
Rabecas e violas
Por Daniel Brazil - 16/01/2014
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Você conhece a sonoridade original dos primeiros instrumentos feitos no Brasil? Imagina que tipo de música animava as festas de agricultores e pescadores de São Paulo nos séculos XIX, XVIII, XVII? Uma boa pista pode ser encontrada no essencial CD Rabecas & Violas, realizado pelo artesão e músico Valmir Roza em parceria com o rabequeiro Bob Mendez.
Valmir constrói instrumentos. Mais que isso: é um profundo conhecedor da música caipira paulista. Viaja, pesquisa, anota, desenha, fotografa, grava. Junto com Sandra Abrano, ceramista e também pesquisadora, montou uma oficina de construção de instrumentos musicais que é referência do gênero em São Paulo. Sua casa no Butantã virou ponto de encontro de violeiros e rabequeiros de todo canto do país.
Depois de anos construindo instrumentos (ele não se considera um luthier, e destaca que as técnicas de construção artesanais são bem distintas), Valmir Roza decidiu produzir um disco registrando suas próprias composições (Rabecas & Violas, 2013). O CD, que teve apoio da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo, inclui um belo encarte com fotos e descrições dos instrumentos utilizados. Valmir convidou para o trabalho o rabequeiro Bob Mendez, também compositor, cuja afinidade estética com o projeto é total. Ambos passeiam à vontade por fandangos, cururus, toadas, rastapés, ponteados, valsas e batuques de inequívoco sabor popular. Todos os instrumentos, incluindo os de percussão, foram construídos por Valmir Roza com materiais descartados nas ruas de São Paulo: madeiras, arame, tampinhas de garrafas, cordas, cabaças, latas. Os instrumentos de cerâmica (apitos, sinos, potes) são de Sandra Abrano.
Em seu mergulho nas origens da música popular, Valmir foi longe. Em viagem pela Europa, visitou museus e escolas, e observou com atenção os instrumentos medievais de deram origem às versões brasileiras: vihuela, rebab, rabel espanhol, rabeca mourisca. Construiu alguns, observando as semelhanças e diferenças. Nas últimas faixas do CD podemos ouvir estas recriações, que acrescentam novos timbres ao conjunto.
Rabecas & Violas é um precioso documento para estudiosos, pesquisadores, músicos ou simplesmente amantes da música instrumental brasileira. Vibra em cada acorde a tradição de um Brasil profundo, ancestral, cuja presença é muitas vezes sufocada pela urgência da modernidade. Mas está aí, presente em comunidades populares, em folias de Reis, em festas e bailes do litoral sul de São Paulo, nos terreiros e roças mineiras, goianas, mato-grossenses, fluminenses...
Contato e pedidos do CD podem ser feitos através do sítiowww.barroecordas.com.br, onde você também pode conhecer os instrumentos feitos por Valmir Roza e até marcar uma visita à oficina. Experimente!
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